Agravo do fumante

SEGUNDO TRIBUNAL DE ALÇADA CIVILAGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 299.400/1 – Ribeirão Preto
AGRAVANTE – Jacinto Aguilar Costa

AGRAVADA – Júlia Nascimento de Oliveira

V O T O Nº 916 Numa ação revisional

Réu apela e dá-se mal.
Por fumar tossir fumar
Seu ilustre advogado
Perde do preparo o prazo.
Nem desleixo nem descaso o causador do atraso.
Foi cigarro foi catarro
Diz o réu desesperado
Sem o sucesso sonhado.
O recurso, claro e certo,é declarado deserto
Pelo atento magistrado.
Agrava o réu na esperança
De dar ao apelo andança.
Seu recurso é recebido
O instrumento formado
Pela autora respondido
O juiz sustenta o ato.
Já depois de relatar
Como haverei de julgar?

SEGUNDO TRIBUNAL DE ALCADA CIVIL

AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 299.400/1 –

Ribeirão Preto Baforadas de razão
Sopra a douta decisão.
No lugar dum mea-culpa
Pela falta do preparo
O advogado s´esculpa
Põe a culpa no cigarro
Na fumaça e no pigarro.
Que desculpa mais sem-graça!
Vero cachimbo apagado.
Como diz o magistrado
Com seu saber de doutor
Não pode dilatar prazos
Este vasoconstritor.
Ao agravo de instrumento
Eu não lhe dou provimento.

ANTONIO VILENILSON
Relator