Circulando pela internet, nos jornais e no boca-a-boca dos fóruns e escritórios, sobram histórias em que advogados, juízes e outros agentes da Justiça protagonizam passagens que parecem piada, pelas impropriedades e erros grosseiros nos textos e falas.
Conheça algumas pérolas.
“Peço trancação penal” – Candidato, em Exame da Ordem, solicitando trancamento de ação penal.
“Diploma do anonimato e conclave assemblear” – Expressões já usadas por advogados para designar a Lei das Sociedades Anônimas e a assembléia de acionistas.
“Ordem de vocação hereditária é quando o filho segue a mesma profissão do pai, ou seja, filho de peixe, peixinho é” – Candidato, em Exame da Ordem, ignorando que a expressão refere-se à ordem dos herdeiros na sucessão.
“Arquive-se esta execução, porque o exequente foi executado (a bala) pelo devedor” – Despacho judicial, em Comarca do Mato Grosso.
“Para que não venha alegar cerceamento de Direito, venha, em 48 horas improrrogáveis, nova, correta e definitiva emenda inicial, eis que o de cujus encontra-se nos céus ou nos purgatórios, ou ainda nos infernos, não dispondo o Juízo de dons mediúnicos para convocá-lo à resposta” – Despacho de juiz em processo no qual o advogado requeria citação pessoal do de cujus, em Santo André, SP.
“Na realidade, Cortez nada mais lhe fez (à vítima) do que uma cortesia” – Parecer de um procurador de Justiça em processo de estupro, com acusado chamado Cortez.
“Um crucifixo em madeira, estilo country-colonial, marca INRI, sem número de série” – Avaliação feita por oficial de Justiça.
“Estribado no escólio do saudoso mestre baiano, o pedido contido na exordial não logrou agasalho” – Escrito por um estudante de Direito, significa que, com base em citação de Orlando Gomes, a petição inicial não foi aceita pelo juiz.
“O material é imprestável, mas pode ser utilizado” – Descrição de bens para penhora em execução.
“Os anexos seguem em separado” – Em termo de encerramento de laudo judicial de um processo em Vara Cível do Fórum João Mendes, em São Paulo.